sábado, 19 de setembro de 2009

A Falta de Ética: Estaríamos voltando a épocas passadas ou será que jamais saímos dela?

Hoje em dia, a falta de ética na política brasileira está tão visível que passou a ser uma causa natural. Cada vez mais políticos - seja lá qual for o partido do mesmo - defendem somente seus interesses, discutem aumento dos seus próprios salários e esquecem de governar para o povo, o que abre portas para o nepotismo acentuado. Estaríamos voltando a épocas passadas ou será que jamais saímos dela?
É bem verdade que evoluímos por termos o poder de votar, no entanto, as opções são quase nulas, pois, suas campanhas são baseadas numa falta de ética inigualável, a partir do momento que abre-se as portas para as promessas que o político nem sequer almeja realizar.
Ainda que possa votar - ter o privilégio de escolher o menos pior - baixamos a cabeça para o ato de "corruptar" - neologismo cabível para essa situação não acha? - ou melhor faltar com ética para com a população, como sempre ocorreu em momentos da história da ditadura militar até o imperialismo de outras épocas.
Por fim, como mudar as regras desse jogo se o grau de ignorância do povo numa escala de zero a dez bate os quinze porcentos? É complicado!

sábado, 12 de setembro de 2009

Você é triste e não sabia...

Nada menos que 47% dos casos de depressão ainda não são diagnosticados, diz pesquisa revelada esta semana.

Tem gente que é triste e não sabe

Ou melhor, sabe, mas quem não vê ou não quer ver é o médico, o clínico geral.

É assim: quase metade das pessoas que estão em desconforto com a vida, sentem-se mal, desanimadas e/ou sem forças para ir à luta, com muito ou sem nenhum apetite, tanto o normal como o sexual, com insônia ou dormindo demais, e vai a um clínico geral em busca de ajuda, acaba ganhando receita de vitamina ou de aspirina, quando está mais é com vontade de tomar estricnina

Por quê? Especula-se: os médicos generalistas não estão preparados para reparar na tristeza da pessoa, ou naquela paralisia que é anterior à tristeza e que impede a pessoa de tornar-se pessoa de verdade, interagindo com a vida em função de suas vicissitudes, e não de fantasias deletérias e incapacitantes --o sintoma de fundo da depressão.

Posto que precisa atentar para tantas outras funções, as hepáticas, glandulares e hormonais, o clínico desavisado ou apressado na sua consulta de 15 minutos acaba deixando para lá outra funções muito mais complicadas, porque dizem respeito ao estado de espírito.

- Você é feliz?

Imagina quanta gente iria se assustar se o médico do posto de saúde perguntasse isso na consulta ao cidadão que perdeu a vontade do emprego e da mulher, está oito quilos mais gordo e tem desânimo até para suspirar?

Porque convencionou-se que essas "frescuras", aqui incluída a tristeza se fim que chega de mansinho e se instala nas mentes transtornadas, são coisas à toa.

Não, doutor, a tristeza que vem com a depressão é a do pior tipo, dá vontade de morrer mesmo, porque é aquela que não tem motivo

Porém, e sempre há um porém, a tal pesquisa (publicada originalmente na "Lancet" e esta semana na Folha) traz um aparente paradoxo: em 20% dos casos diagnosticados, o paciente não tem depressão coisa nenhuma.

Parece, mas não é, o que deixa ainda mais claro aquilo que faz com que a depressão não seja notada nos outros 47% lá de cima: ela se parece com muitas outras coisa.

Parece com disfunção da tireóide, parece com a dor da perda de alguém que morreu ou de um amor que se foi, parece com disfunção hormonal que aumenta o peso, parece com anemia, parece com insônia causada por estresse, enfim.

Faz 11 anos que me interesso por esse tema, desde que comecei a ficar sem apetite, com excesso de sono, sem vontade de fazer nada que causasse prazer e sobretudo triste, muito triste. Desde então tenho visto a gradativa diminuição do preconceito (contra psiquiatras e "remédios de tarja preta"), o surgimento de antidepressivos fantásticos, a volta da auto-estima em quem luta contra esse transtorno e a vida de muita gente, inclusive a minha, melhorar.

Vi até especialistas preocupados com o fato de a depressão estar "virando moda", temor que os 20% de diagnósticos errados de certa forma comprovam.

O que espanta, no entanto, é que médicos generalistas possam, de acordo com a pesquisa, se enganar em quase metade dos casos que atendem.

Ok, os psiquiatras estão aí para isso, mas a coisa seria bem mais simples se, assim como o fazem doutores bacanas de horizontes amplos, os clínicos auscultassem não apenas o coração e a pressão, mas também as dores que vêm da alma, que muitas vezes revelam todos os males do corpo.

Um dia, quem sabe, chegaremos lá.

"Luiz Caversan - Colunista da Folha Online"

domingo, 6 de setembro de 2009

Buscando novos ares...

Respirando novos ares, buscando novas fontes, tentando aprimorar minha arte de escrita. Tentando ser mais científico digamos assim.
lendo revista, lendo artigos de escritores tanto famosos como outros autores menos conhecidos, organizando as idéias para a escrita, trabalhando cada dia mais para ser melhor do que sou nessa arte de expressar idéias...