terça-feira, 26 de maio de 2009

Doce Ilusão

Imaginar o mundo como uma verdadeira fábula, para que amanhã, eu possa te amar. por conta de seu jeito manhoso, especial. Cada dia que passa longe de mim é a eternidade, matando me segundo a segundo em momentos de saudade. Papéis borrados com uma tinta vermelha quando estávamos juntos, alimenta ainda mais essa saudade vivida por meu coração. E agora? Procuro em outro alguém a liberdade de amar sem limites, como contigo vivi. Mas é tudo ilusão, e parece que assim vou viver por muito tempo, até que eu reencontre você, vagando irei, por outros campos, por outras praias, em que cada grão de areia merecem ser contada por mim. Nada além do tempo me interessam agora. Melodias são tocadas no intuito de fazer valer cada lembrança. Mesmo que chova, e essa mesma areia em que deito agora, molhe por inteira e a minha vida passe diante aos meus olhos por toda eternidade vou te amar.
Pingos escorrem pelo meu rosto escondendo as lágrimas derramadas por ter te perdido, por não ter te amado como merecido. O contorno do meu corpo está incompleto, mesmo que um inteiro, só se fará completo quando estiveres junto a mim, hoje, amanhã e sempre...

domingo, 17 de maio de 2009

Deus, cuida bem de mim?

Poder trocar palavras com você é mais do que uma honra para um velho apaixonado. Percebo em você, total diferença, das outras moças que me circundam, e é por isso que tens minha admiração. Sua vitalidade está além daquilo que podemos ver, está presente naquilo que podemos sentir, do que podemos ser.
Ter a certeza de que estás disposta a me ouvir e ser ouvida, nos remete a incerteza de não nos termos conhecido e algum passado recente, ou distante - que seja -
Noites perfeitas, dias nos quais, nos demos o luxo de poder sonhar e sonhar alto, mas a felicidade é mais do poder sonhar junto.
Estou aqui na mais longa avenida dessa cidade, recebendo cada pingo dessa chuva, como se fosse um paradoxo completo do nosso amor - Em que o céu e o inferno estão ligado por um fio -. Vem aqui! Cuida bem de mim? Não sabe o quanto me incomoda essa incerteza de um futuro ao seu lado. Sei que a culpa é minha, e é por isso que preciso de você por cada hora, minuto, segundo, por longos milésimos. Desde nosso ultimo encontro, meu relógio parou, nem sei que horas são nesse momento, só sei que por mais uma garrafa, acabei por ti perder. Te fiz chorar outras noites, outros dias que não estivemos juntos para que podessemos sonhar em ser o casal mais feliz do mundo.
Não vejo, o que vejo, porque quero, é uma energia tão intensa que não posso controlar, como a que estou agora de me perder no meio desses carros...
Célio Renan


P.S. Nem sempre tudo que escrevo, acontece comigo. Como no caso do texto acima.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"O Escafandro e a Borboleta"




Título Original:
Le Scaphandre et le Papillon(O Escafandro e a Borboleta)
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 112 minutos
Ano de Lançamento (França / EUA): 2007
Estúdio: Pathé Renn Productions / France 3 Cinéma / Canal+ / Région Nord-Pas-de-Calais / The Kennedy/Marshall Company / C.R.R.A.V. Nord Pas de Calais / Ciné Cinémas / Banque Populaire Images 7
Distribuição: Miramax Films / Europa Filmes
Direção: Julian Schnabel
Roteiro: Ronald Harwood, baseado em livro de Jean-Dominique Bauby
Produção: Kathleen Kennedy e Jon Kilik
Música: Paul Cantelon
Fotografia: Janusz Kaminski
Desenho de Produção: Michel Eric e Laurent Ott
Figurino: Olivier Bériot
Edição: Juliette Welfling


Sou novo, no que diz respeito a crítica de filmes, contos ou histórias contadas por autores brasileiros e/ou estrangeiros. Para inaugurar, escolhi, ou escolheram por mim, um filme baseado em uma história real. "O Escafandro e a Borboleta". Estou longe de ser um bom crítico, e essa primeira obra, é bastante complicada por ser uma narrativa não linear, ou seja, começa do final, e não tem uma ordem pré estabelecida, como o tão famoso "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Ele tanto nos passa sensações, como emoções que chegam a nos remeter a certas angústias vividas pelo personagem principal - a idéia de estar preso junto a ele, de estarmos paralisado como ele. Nesse filme, Jean-Do é um homem de 43 anos - jornalista - que sofre de repente um derrame cerebral, e passa 20 dias em coma. Ao acordar, descobre que sofre de uma paralisia rara - em que o único movimento que o resta é o do olho esquerdo, e tem dificuldade para aceitar esse novo modo de vida. Isso o fez refletir como era a sua vida, o que poderia ter feito além do que fez, enfim...
Jean-Dominique Bauby, ao decidir deixar de sentir pena de si própio, é como se tivessemos nos libertados de algumas sensações, já que no início, a lente da câmera faz-se passar pelo seu olho esquerdo. Algum tempo depois, ele escreveu um livro retratando a sua imaginação e as suas sensações. Jean-Do para os íntimos, faleceu no dia 9 de março de 1997, Dez dias após a publicação do seu livro que tem o nome devido a um contraste de vida. Escafandro, por ser uma roupa fechada, quente, pesada, o qual nos transmite a idéia de aprisionamento - Fase vivida após o derrame cerebral -. Borboleta, por representar nada mais nada menos que a liberdade, onde se tem a idéia de sermos felizes por sermos perfeitos.
No entanto, é um filme que deve ser visto, mais de uma vez, por apresentar detalhes que podem passar despercebidos aos olhos de quem vê...

P.S. A Prática nos favorece por intermédio do tempo, a perfeição.
Pra quem gostou: folhinhaqualquer.blogspot.com

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A arte da escrita

Se tem algo que me atrai a atenção e me desperta o desejo de escrever, é o manuscrito antigo, onde se molhava a pena e escrevia perfeitamente. Traços fortes, passando uma intensidade poética nas letras daquele que escreve, seja ele poeta, músico, até mesmo um mensageiro real da coroa portuguesa ou sei lá, o que quer que fosse. A tipografia, até de um passado recente, historicamente falando, me desperta um desejo de escrita, a qual para muitos é até estranho, mas é algo que nem sei explicar. A arte de escrever, é convidativa, principalmente, quando se lê Machado de Assis, Miguel de Cervantes, Guimarães Rosa, Eça de Queiroz enfim... Romanticistas, que em suas tramas trazem um retrato de sua época, chegando a despertar naquele que lê, a curiosidade de viver naquela mesma época, vivida por eles. Não sei se é algo que acontece só comigo. Escrever, é uma magia tão encantadora, o qual, você pode viver sensações, ou momentos que não viveria. É poder de imaginação, fora do comum.
Não é todo mundo que tem dinheiro para ir até uma Europa da vida...
Não é todo mundo que pode ser famoso, ou até mesmo viver em épocas antigas como se é de desejo.
É claro que, escrever não é só um exercício de imaginação, é um exercício do conhecimento, adquirido ou então vivido pelo própio ser.
Sempre que poder, mesmo que não seja um escritor nato, prove dessa sensação...