segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Auge"

Como poderia ser diferente se até nos livros que leio, nos filmes que vejo os romances acabam trágicamente?
Somos dotados de sentimentos mais fortes que os do livro, é bem verdade, vivemos intensamente cada dia. E por fim, tudo acaba.
Dói, dói muito e você navega pelos seus atos e só encontra erros e defeitos em tudo que você fez.
Chora, chora a ponto de soluçar, deita a cabeça no travesseiro e chora mais, procura conforto ao abraçar o inanimado travesseiro, mas nesse momento, apesar de inanimado, ele é o seu melhor amigo, seu melhor conselheiro. Lembra-se de quando era garoto, menino, moleque, danado, travesso, sonhando só em se apaixonar, vendo no espelho "simétrico" da sua família, que namorar é um sonho. Que só quer dizer aquelas palavras mágicas: "amor?" "Por que?" "Ah! Te amo!" - Em uma mistura sutil de homem apaixonado tornando-as mansas, marotas, doces. Porém, quando você cresce, tudo isso escorrega pelas suas mãos como em um rio de ilusão e ao mesmo tempo que seu mundo está completo, perfeitamente circulado de coisas que te fazem feliz, você perde tudo isso. Na intensidade sonhada, que te consome por dentro e te faz a pior pessoa do mundo. Você simplesmente é diluído, expremido em um liquidificador, que te tira o ânimo de ser quem você era: um sonhador.

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