Uma pequena vida de valor peculiar

O vento da janela que batia em meu rosto me fez abrir as portas para a imaginação, me fez pensar na rotina, no que tenho que fazer amanhã, na semana, no mês. Mas algo me chamou atenção, quebrando assim, pensamentos que duravam minutos de viagem no ônibus que me trazia para casa - uma criança, um bebê - brincando com o mesmo vento que no meu rosto batia - ele parecia se divertir tanto com o balançar do ônibus e com o vento - parei de observá-lo para retomar aos meus pensamentos antigos, no entanto, não podia, precisava observá-lo mais.
Era surreal a sua alegria, seu sorriso de leite recém formado, seus movimentos encantadores, parecia ser mágico, aliás era mágico! Ele fechando os olhos sensíveis, tentando agarrar o que lhe impedia de ver - o vento - rindo de si mesmo. O que se passava naquela cabecinha? Nunca pensei que brincar com o vento fosse tão divertido. Sua felicidade contagiava quem ao seu lado estivesse, mas, me contagiou por ele estar aprendendo e me ensinando um valor que muitas pessoas não querem enxergar ou até mesmo esquecem...
"A vida é simples. Nas coisas simples pode estar a felicidade, você faz a felicidade, ou seja, só é feliz quem realmente deseja e quer".