Apaixonado?

Nessa vida, não se sabe o que é mais perigoso, o cotidiano difícil de muitas as pessoas ou simples ato de se apaixonar por alguém – No entanto, não se trata de qualquer alguém – Este é uma amiga muito próxima de mim, na qual, convivo aos beijos e abraços. Poderia ser mais uma amizade que se constrói no decorrer de uma vida, que eu diria não ser tão longa assim, afinal, na minha já se passaram, dezessete anos.
Um cotidiano, que nos envolve, e, mesmo que não queiramos, acabamos por se enrolar em várias atividades, cuja loucura parece ser o principal objetivo. Quem sobrevive dos dejetos humanos? Não que necessariamente estudamos nossas próprias fezes, mas, por incrível que pareça, pensando bem, existem seres humanos que estudam. Mas, isso não vem ao caso no momento. Somos prisioneiros de uma rotina muitas vezes imposta pela sociedade em nossa volta. Não cair nessa rotina, é ter que abrir mão de muitas coisas, que não nos fortalecem como ser humano.
Nada é mais perigoso que isso... Aliás, há algo que é muito perigoso... – O medo -. A cada dia que a encontro, sinto mais medo de me apaixonar, ainda que sejamos meros amigos adolescentes, cujas emoções imposta por nós mesmos, transcendem uma mera amizade. Aparentemente, não somos o que éramos para ser. E isso me assusta, me impõe esse tal medo. Como eu a comunicaria que a amo? Isso não é assustador? Somos tão imperfeitos, quanto nosso coração, que poderia ser... Sei lá... Redondo? Tão imperfeitos quantos nossos dejetos? Não! Não a tal ponto. Será? Deixa para lá novamente, não vamos entrar no mérito da questão.
Sempre busquei um amor para toda a vida, aqueles que regem nossa a existência e nos fazem encarar o tal cotidiano perigoso, como uma simples aventura do irreal, aqueles que nos fazem suspirar e pensar: “É ela!”.
Não sei bem ao certo se achei, mas, nas mordidas no pescoço, suas mãos que acariciam meu rosto, nas provocações feitas por você, sinto dizer: Estou apaixonado!