"É triste pensar qual será o estado do rock and roll em 20 anos. Já está tão reprocessado e plagiado que mal está vivo agora. É repugnante. Não acho que será mais importante.
Apenas matemática, é tudo que o rock and roll é", diz Kurt. "Tudo é baseado no dez. Não há algo como o infinito -- ela se repete depois de dez e acaba. É a mesma coisa com o rock and roll -- o braço tem tal comprimento, uma guitarra tem seis cordas, há 12 notas, e então isso se repete. Ele pode apenas ir até um certo ponto e ele chegou a tal ponto dez anos atrás. E haverá outra banda exatamente como os Black Crowes daqui a 20 anos, fazendo uma versão dos Black Crowes, fazendo uma versão do Faces.
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Começa a ficar ralo a cada cinco anos", observa Kurt. "Os moleques nem mais se importam tanto com o rock and roll quanto costumavam se importar, como as outras gerações se importaram. Já se tornou um nada, além de uma afirmação de moda e uma identidade para os garotos usarem como um meio para trepar e ter uma vida social. Nesse ponto, não consigo achar que a música tenha qualquer importância para um adolescente, de verdade."
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É claro, muitas pessoas estão muito contentes com a idéia do rock and roll como nada além de uma trilha sonora social e sexual, mas Kurt acha que ele acabará sendo substituído. "Acho que elas vão usar sons e tons e vão usar isso na sua máquina de realidade virtual e só escutar música desse jeito e vão sentir as mesmas emoções com ela e então irão a uma festa -- vai haver uma máquina de ralidade virtual lá com um monte de fones de ouvido e se você quiser falar com as pessoas e escutar a sua máquina de realidade virtual você pode fazer isso, ou você pode ir para o quarto e trepar e beber, mas na verdade acho que as maquinas de realidade virtual vão dar um barato, a tecnologia será boa a esse ponto. E então vai haver viciados em realidade virtual e você vai encontrá-los mortos de overdose em seus sofás."
Trecho do Livro Come as you are p. 348
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